[Pt-BR]
Finalmente resolvi escrever sobre a extraordinária viagem espacial da qual participei.
Em Fevereiro deste ano e pelo menos do ano passado, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sediou uma Escola de Verão.
O INPE
Localizado em São José dos Campos - SP, o Instituto foi fundado em 1961 e possui instalações em vários pontos do país. O seu foco é o investimento em pesquisa e desenvolvimento tanto de hardware, como software para estudos geológicos e cosmológicos. Cálculo de dados Meteorológicos, interpretação de imagens de superfícies de planetas, simulações de galáxias e forças que atuam nos corpos celestes, montagem e testes de satélites, etc.
Seus equipamentos se equiparam aos da NASA em quesito de qualidade. Entretanto, o que lhes faltam são quantidade e espaço físico.
A ELAC
A Escola de Verão do Laboratório Associado de Computação e Matemática Aplicada ocorreu durante quatro dias, entre 28/02 e 02/03 (lambrando que este ano foi bissexto). É certo de que haverá novamente em 2013. A Escola oferecia minicursos para a área de computação, tendo algumas vertentes tendendo à engenharia mecânica, à cosmologia e outras à balela.
Chegava, então, a aula de Engenharia de Software. Muito pior do que o esperado. O professor perdeu muito tempo falando sobre o software que ele usa para fazer os diagramas daquilo que ele desenvolve. Noutros dias foi falado sobre alguns projetos feitos e estudos que são realizados pelo INPE. Valeu pela informação, mas não pelo aprendizado no assunto pelo qual requeri.
Após o almoço, havia a aula de Sistemas Difusos. Outra decepção. A professora mal sabia lógica booleana (confundia XOR com OR e teve dificuldades para fazer uma tabela verdade de 2 por 2), ainda parava a aula para que uma jovem de Geologia entendesse certas passagens. A segunda metade do curso foi dada por um professor que teria sido pupilo da supracitada. Ele já chegou descendo o cacete e colocou muita foda na mente de todos, inclusive na minha. Memorável foi o momento em que uma aluna começou a fazer um comentário inútil (dirigindo-se ao professor) sobre a matéria e ele simplesmente a cortou dizendo algo como "Tá tá, não interessa." e prosseguiu.
Por fim, a aula mais interessante: Sistemas Caóticos, ministrada nada mais nada menos que pelo professor Dr. Elbert Einstein. Ironicamente, falava sobre Seção de Poincaré (caso não tenha entendido, clique aqui). Alguns doutorandos também apresentaram um pouco. Foi um minicurso muito revelador e interessante.
Finalmente resolvi escrever sobre a extraordinária viagem espacial da qual participei.
Em Fevereiro deste ano e pelo menos do ano passado, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sediou uma Escola de Verão.
O INPE
Localizado em São José dos Campos - SP, o Instituto foi fundado em 1961 e possui instalações em vários pontos do país. O seu foco é o investimento em pesquisa e desenvolvimento tanto de hardware, como software para estudos geológicos e cosmológicos. Cálculo de dados Meteorológicos, interpretação de imagens de superfícies de planetas, simulações de galáxias e forças que atuam nos corpos celestes, montagem e testes de satélites, etc.
Seus equipamentos se equiparam aos da NASA em quesito de qualidade. Entretanto, o que lhes faltam são quantidade e espaço físico.
URL: www.inpe.br/
A ELAC
A Escola de Verão do Laboratório Associado de Computação e Matemática Aplicada ocorreu durante quatro dias, entre 28/02 e 02/03 (lambrando que este ano foi bissexto). É certo de que haverá novamente em 2013. A Escola oferecia minicursos para a área de computação, tendo algumas vertentes tendendo à engenharia mecânica, à cosmologia e outras à balela.
Havia quatro horários de aula, sendo possível, então, escolher quatro matérias das onze ofertadas. Como ocorriam em horários definidos, muitas matérias eram mutuamente exclusivas; sendo impossível, por exemplo, assistir a aulas de Sistemas Caóticos e a aulas de Cosmologia Computacional.
Nos intervalos entre as aulas, havia coffee-break com suco, chá, café preto, salgadinhos e quitutes variados. O almoço ficava a encargo de cada um. De qualquer modo, o restaurante ao lado das quadras era bom e bem em conta.
Ao final do evento, fomos levados em um pequeno tour em volta das instalações de testes, onde um veterano de guerra nos contava suas variadas histórias de pescador. Eu, uns dois colegas e uma fêmea que conhecemos por lá estávamos mais interessados no churrasco que logo ocorreria, organizado pelos professores. Dez reais, bebida e comida liberada (mas em pouca quantidade).
Uma pessoa que marcou este evento foi o tal do Falante (como era chamado pelos professores). Trata-se de um pós-graduando lá do INPE; um jovem no auge de seus cinquenta anos, cheio de vida e muito inconveniente.
URL: www.lac.inpe.br/ELAC/
Os Minicursos
Não tenho como falar de todos, apenas daqueles aos quais assisti. Foram eles: Mineração de Dados, Engenharia de Software em Ciências Espaciais, Sistemas Difusos, Sistemas Caóticos.
Mesmo assim, não me aprofundarei. É importante notar que os cursos almejavam um público de bacharéis em Computação/TI, mas como havia muita gente de Geografia, Geologia, Biologia e vários com ensino superior incompleto, tentaram pegar um pouco mais leve nos aprofundamentos matemáticos.
Começava o dia com Mineração de Dados. Algo bom, pois o professor, Dr. Rafael Santos, era bem carismático e sua aula era bem leve. Ele, por exemplo, deixou claro que veríamos apenas uma fórmula matemática. Tratava-se do custo de um algoritmo sobre o qual dissertara. Ainda assim, ele passou bem rapidamente pelo slide e nem explicou seus componentes.Chegava, então, a aula de Engenharia de Software. Muito pior do que o esperado. O professor perdeu muito tempo falando sobre o software que ele usa para fazer os diagramas daquilo que ele desenvolve. Noutros dias foi falado sobre alguns projetos feitos e estudos que são realizados pelo INPE. Valeu pela informação, mas não pelo aprendizado no assunto pelo qual requeri.
Após o almoço, havia a aula de Sistemas Difusos. Outra decepção. A professora mal sabia lógica booleana (confundia XOR com OR e teve dificuldades para fazer uma tabela verdade de 2 por 2), ainda parava a aula para que uma jovem de Geologia entendesse certas passagens. A segunda metade do curso foi dada por um professor que teria sido pupilo da supracitada. Ele já chegou descendo o cacete e colocou muita foda na mente de todos, inclusive na minha. Memorável foi o momento em que uma aluna começou a fazer um comentário inútil (dirigindo-se ao professor) sobre a matéria e ele simplesmente a cortou dizendo algo como "Tá tá, não interessa." e prosseguiu.
Por fim, a aula mais interessante: Sistemas Caóticos, ministrada nada mais nada menos que pelo professor Dr. Elbert Einstein. Ironicamente, falava sobre Seção de Poincaré (caso não tenha entendido, clique aqui). Alguns doutorandos também apresentaram um pouco. Foi um minicurso muito revelador e interessante.
1 admirable thoughts:
Fantástico, pena que o governo incentiva tão pouco. Gostaria muito que a minha universidade pública tivesse um laboratório mais qualificado.
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